© Foto de Robert Capa - “Morte de um miliciano”. Espanha, 1936
Uma das mais emblemáticas fotografias de guerra de todos os tempos continua gerando polêmica.
Em meados de julho deste ano o jornal espanhol El Periódico publicou um estudo sobre a mítica foto da Guerra Civil Espanhola, intitulada “Morte de um miliciano”, capturada em setembro de 1936, pelo fotojornalista Robert Capa.
O artigo sustenta a tese de que tudo não passou de uma armação. Segundo o Jornal, Robert Capa fotografou aquele soldado em um local onde não houve combate, a aproximadamente 50 quilômetros de distância, próximo à cidade de Espejo. De acordo com o El Periódico, a pesquisa foi baseada em estudos sobre sequências de fotografias.
Por outro lado a matéria do Jornal não explicita outros fatores já mencionados no decorrer dos tempos. Um deles é que o soldado foi identificado pelo seu irmão mais novo e a morte do miliciano encontra-se registada nos arquivos de Madrid e Salamanca. E nestes, menciona-se a identidade, o local, o dia e a hora da morte: Federico Borrell García, 24 anos, Cerro Muriano, Córdoba, 5 de setembro de 1936, cinco da tarde.
Outro ponto em favor da veracidade da imagem é a opinião de especialistas forenses que indicam um detalhe significativo: a posição inerte da mão esquerda. De acordo com os peritos, mesmo que a queda tivesse sido encenada, seria improvável que o soldado, por reflexo, não esticasse os dedos de forma a amparar a queda com a palma da mão – em vez disso, a mão fica junto à perna esquerda, os dedos dobrados para dentro. Tal acontece porque o homem já está morto no momento em que a foto é tirada.
A versão segundo relatos de Capa
O fotógrafo chegou a comentar o episódio com a fotojornalista alemã Hansel Mieth, dizendo sentir-se atormentado. Mieth afirma também que Capa ficou perturbado para o resto da vida.
A história diz que o que se passou naquela tarde de 5 de setembro de 1936 começou por ser, de fato, uma encenação: os milicianos republicanos fingiam estar em situações de combate enquanto Capa ia tirando fotografias.
Enquanto os soldados "brincavam disparando as armas” (expressão do próprio Capa), tropas leais a Franco aproximaram-se. No momento em que Capa fotografava um soldado em pose, tiros de metralhadora fizeram-se ouvir.
O que ficou então captado para a posteridade foi o exato momento em que uma bala atingiu a cabeça do soldado, matando-o instantaneamente. Teria o soldado sobrevivido àquela guerra se não fosse o ato de pousar para uma fotografia? O sentimento de culpa seguiu o fotógrafo eternamente.
Em meados de julho deste ano o jornal espanhol El Periódico publicou um estudo sobre a mítica foto da Guerra Civil Espanhola, intitulada “Morte de um miliciano”, capturada em setembro de 1936, pelo fotojornalista Robert Capa.
O artigo sustenta a tese de que tudo não passou de uma armação. Segundo o Jornal, Robert Capa fotografou aquele soldado em um local onde não houve combate, a aproximadamente 50 quilômetros de distância, próximo à cidade de Espejo. De acordo com o El Periódico, a pesquisa foi baseada em estudos sobre sequências de fotografias.
Por outro lado a matéria do Jornal não explicita outros fatores já mencionados no decorrer dos tempos. Um deles é que o soldado foi identificado pelo seu irmão mais novo e a morte do miliciano encontra-se registada nos arquivos de Madrid e Salamanca. E nestes, menciona-se a identidade, o local, o dia e a hora da morte: Federico Borrell García, 24 anos, Cerro Muriano, Córdoba, 5 de setembro de 1936, cinco da tarde.
Outro ponto em favor da veracidade da imagem é a opinião de especialistas forenses que indicam um detalhe significativo: a posição inerte da mão esquerda. De acordo com os peritos, mesmo que a queda tivesse sido encenada, seria improvável que o soldado, por reflexo, não esticasse os dedos de forma a amparar a queda com a palma da mão – em vez disso, a mão fica junto à perna esquerda, os dedos dobrados para dentro. Tal acontece porque o homem já está morto no momento em que a foto é tirada.
A versão segundo relatos de Capa
O fotógrafo chegou a comentar o episódio com a fotojornalista alemã Hansel Mieth, dizendo sentir-se atormentado. Mieth afirma também que Capa ficou perturbado para o resto da vida.
A história diz que o que se passou naquela tarde de 5 de setembro de 1936 começou por ser, de fato, uma encenação: os milicianos republicanos fingiam estar em situações de combate enquanto Capa ia tirando fotografias.
Enquanto os soldados "brincavam disparando as armas” (expressão do próprio Capa), tropas leais a Franco aproximaram-se. No momento em que Capa fotografava um soldado em pose, tiros de metralhadora fizeram-se ouvir.
O que ficou então captado para a posteridade foi o exato momento em que uma bala atingiu a cabeça do soldado, matando-o instantaneamente. Teria o soldado sobrevivido àquela guerra se não fosse o ato de pousar para uma fotografia? O sentimento de culpa seguiu o fotógrafo eternamente.
3 comentários:
O trabalho do Capa é indiscutível. Não adianta ficarem por aí questionando agora. Ele fez o que nenhum outro fará igual.
Ave Robert Capa!!!
Robert Capa será sempre o melhor!
O Capa sempre terá o seu valor. Difícil de acreditar que tudo foi uma mentira se tantas pessoas estavam em volta do caso.
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