Coletivo divulga imagens do Festival Nacional Edésio Santos da Canção

© Marcus Ramos

As fotos da 5ª Jornada Fotográfica do Vale do São Francisco já estão disponíveis na rede. Ao todo, 62 imagens do Festival Nacional Edésio Santos da Canção (2011) compõem a galeria coletiva.

Ângulos inusitados, cores e composições ousadas contam parte da história do evento que teve a música brasileira como principal atração. Vale a pena conferir mais uma narrativa visual composta pelo grupo de fotógrafos.

Na trilha do cangaço

casa de dona Jacosa, avó de Virgulino
© Márcio Vasconcelos

Inspirado no material fotográfico documental deixado pelos fotógrafos do período entre 1922 e 1938, principalmente o filme e as fotografias de 1936 do libanês Benjamin Abrahão, o fotógrafo Márcio Vasconcelos concebeu o projeto "Na trilha do cangaço: Um ensaio fotográfico pelo sertão que Lampião pisou". Seu esforço foi recompensado com a conquista do 11º Prêmio Marc Ferrez de Fotografia.

A riqueza de imagens legada desse período impressionou o fotógrafo, quando ele ainda pesquisava o tema, já que a oralidade predominava naquela época, especialmente nos grotões dos estados nordestinos.

"Os cangaceiros, assim como seus perseguidores, deixaram uma grande quantidade de documentos fotográficos, testemunhos indiscutíveis de um dos episódios mais violentos da história brasileira. Lampião, durante todo o período em que dirigiu o cangaço e reinou sobre o sertão, fez questão de registrar, por meio de imagens fotográficas, alguns momentos fortes de sua vida", esclarece Vasconcelos.

"Sob as roupas de Lampião, quando ele morreu, foi encontrada uma grande quantidade de fotografias. Algumas representavam pessoas mais próximas, outras representavam cangaceiros de seu grupo, mortos em combates precedentes. E, fato surpreendente, uma delas representava o tenente João Bezerra, seu assassino, como se Lampião tivesse carregado consigo o resumo de sua vida, desde sua juventude antes de entrar no cangaço até sua morte anunciada, como se tivesse feito de seu corpo o suporte e o território de sua memória", complementa o fotógrafo.

A revista Photo Magazine, edição 37, fez uma matéria especial, disponibilizando várias fotografias, sobre este ensaio.

Mais fotos de Márcio Vasconcelos.

Exposição retrata trabalhadores do comércio de Juazeiro (BA)

© Emerson Rocha

Por Kelly Ferreira/Agência MultiCiência

Estudantes do 6º período do curso de Jornalismo em Multimeios, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), retratam aspectos da cultural regional na exposição “Mercados e Mercadores”.

Composta por 12 fotos, a exposição traz o registro de trabalhadores do Camelódromo Dois de Julho e do Mercado Joca de Souza, na cidade de Juazeiro-Ba. Segundo a professora de Fotojornalismo e idealizadora do evento, Márcia Guena, a ideia é retratar o cotidiano dos trabalhadores no comércio. “Nas fotos, privilegiam-se o homem, a mulher e o trabalho, com ângulos que enfatizam a sua presença no cotidiano do comércio”, afirma a professora.

"Mercados e Mercadores" está aberta à comunidade no Departamento de Ciências Humanas, campus III, das 8h da manhã até às 22h, por período indeterminado.

Especial Thomaz Farkas

Experiência surrealista com colegas da Poli, São Paulo/SP, 1947
© Thomaz Farkas

Ensaio do Balé Russo no Teatro Municipal de São Paulo/SP, 1946
© Thomaz Farkas

Aos 86 anos morre o fotógrafo Thomaz Farkas

O fotógrafo Thomaz Farkas, 2006
© João Sal

O fotógrafo Thomaz Farkas morreu sexta-feira (25/03), aos 86 anos. De acordo com o boletim médico a causa foi falência múltipla de órgãos.

Ele ficou 21 dias internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e após ter alta, na manhã da sexta (25), faleceu em casa às 18h.

Nascido em Budapeste, Hungria, Farkas se mudou para o Brasil nos anos 1930. O seu pai foi um dos fundadores da rede Fotoptica, que iniciou a venda de equipamentos fotográficos no país. Farkas assumiu a direção da empresa após a morte do pai, nos anos 60, e ficou à frente da empresa até 1997.

Farkas teve grande destaque, sobretudo, no cenário artístico nacional, como fotógrafo, professor, diretor e produtor de cinema.

Ao lado de Geraldo de Barros (1923-1998) e German Lorca, ele participou do Foto Cine Clube Bandeirantes, grupo que retratou a urbanização do país na década de 50 e que se destacou pelas imagens construtivistas.

Entre 1964 e 1972, ele realizou um projeto conhecido como Caravana Farkas, uma série de documentários sobre a cultura popular no interior do Brasil. Participaram do proejto Eduardo Escorel, Maurice Capovilla, Geraldo Sarno, entre outros.

Japão

© Toshiyuki Tsunenari/Asahi Shimbun, Associated Press