Nos Jardins do Éden | Christian Cravo

Com informações do MAM-BA

"O trabalho realizado no Haiti retrata uma realidade que não faz parte apenas da minha interpretação, é uma realidade concreta. Trago um ângulo, um prisma. Assim como o candomblé da Bahia, o voodoo está lá. É real, intenso e pulsante… Além de exercer uma função social e o que faz dele ressonante é a prática ritualística carregada de uma estética muito particular enquanto religião e sociedade."

© Christian Cravo

O Museu de Arte Moderna da Bahia apresenta, de 13 de abril a 16 de maio, a mostra inédita Nos Jardins do Éden, do fotógrafo Christian Cravo. A exposição revela em imagens feitas em preto e branco, de grandes dimensões, a profunda relação devocional dos haitianos adeptos do vodu com elementos da natureza, em especial a água dos rios e cachoeiras.

© Christian Cravo

A entrega, a pureza, o transe e a força dos rituais de transcendência são denunciados neste trabalho do fotógrafo baiano, parte integrante de um projeto maior de sua autoria, também dedicado à documentação de manifestações religiosas no Brasil e na Índia. Uma série de imagens do Haiti, assolado pelo terremoto ocorrido no início deste ano, complementa a mostra e serão projetadas na Capela.

No dia 13 de abril, terça-feira, às 16h, Christian estará no MAM-BA, acompanhando os visitantes em um roteiro mediado e apresentará seu processo de pesquisa, técnicas adotadas e metodologia de trabalho.

© Christian Cravo

Confira aqui uma entrevista com o fotógrafo e mais informações sobre a exposição.

5 comentários:

Clarissa Miranda disse...

Fotos impactantes de um descendente de gênios, monstros da arte. Cravo avô e Cravo pai são patrmônios imateriais da nossa cultura. Nossa fotografia cresceu junto com esses caras.

Gilvan Cardoso disse...

Essa familia tem arte na veia mesmo Clarissa. Olha a sensibilidade dessas fotos. Imagina o grosso dessa exposição.
Vou conferi aqui em Salvador. Sorte minha.

Flavio Ciro disse...

Não conheci bem o Christian porque ele é bem mais novo que eu. Mas alguma vezes o vi ainda menino no estudio do pai, com quem tive alguma intimidade porque fui assitir ele num material que produzia para a Veja, onde eu trabalhava.
O que posso dizer dele entao é o que agente ouve.
Claro: Viveu e teve acesso a cultura de forma intensa. Viajou muito, como o pai, viu muito. Clicou e vem clicando um bocado.
Como o pai, ele assumiu a fotografia logo de cara. O resultado é o que vemos. Um trabalho rico, muito brasileiro, mas ao mesmo tempo universal e diverso. Marca de um cabeça num canto e o pé no mundo.
Quem puder, deve ir ver.

Flavio Ciro disse...

pessoal, desculpa meu teclado que falha demais...

David Hertz disse...

Conheço algo do trabalho do Christian. Tem coisa espetaculares, coisas comuns como todo mundo tem, mas coisas feitas com a alma de um artista.