Aos 62 anos morre o fotógrafo Mario Cravo Neto

© Mario Cravo Neto - Foto: Márcio Lima

Faleceu na tarde do último domingo (09) o fotógrafo Mario Cravo Neto, 62, em Salvador/BA. Ele estava internado há três semanas no Hospital Aliança lutando contra um câncer de pele.

Nascido em 1947 em Salvador/BA, Cravo Neto começou na arte aos 18 anos, desenvolvendo trabalhos em escultura e fotografia. Ele participou de cinco bienais de São Paulo (1971, 1973, 1975, 1977 e 1983), além de inúmeras mostras de fotografia na Europa e nos EUA.

Sua obra é conhecida pelo diálogo com a religiosidade, com os cultos afro-brasileiros e por sua forte ligação com a Bahia. Lançou diversos livros, sendo o mais recente "O Tigre do Dahomey: A Serpente de Whydah", de 2004.

3 comentários:

Neviton disse...

Uma grande perda...

Davi Hudnei disse...

Explêndido!!!!


Adeus grande artista...

Flavio Ciro disse...

A ultima lembranca de Cravo vivo foi ele na fila do cinema de uma sessao da meia noite no Iguatemi com toda a familia, tres meses atras. Estava ao lado e observei como lidava com todos. nem imaginei que estivesse doente, embora sua pele, muito alva tivesse me chamado atencao. Nao me reconheceu, claro. Preferi assim, afinal 18 anos atras nao tinha trocado mais que duas ou tres conversas rapidas com ele. Fotografava eu pra Veja no Nordeste e a editoria em SP tinha comunicado que ele estaria fazendo a capa da edicao especial de Luis Caldas, no tempo o Rei do Axe. A mim caberia assisti-lo e passar nosso formato pra o convidado. Confesso que, nao gostei da ideia, mas afinal o astro era ele. Surpresa foi que o que encontrei um cara muito legal. Simples ate. Facil mesmo de conversar e muito respeitoso com o trabalho dos outros e serio com o dele.
Guardo ate hoje uma copia da foto que fiz no estudio do suburbio de salvador, dele com Luis Caldas e outros dois artistas plasticos.
Do trabalho de Cravo, me chama atencao o forte laco com a baianidade e as tradicoes que lhes tinham sido passadas pelo pai no ambiente onde cresceu. Correu mundo e aprendeu muito. Uma perda para a fotografia do Brasil, brasileira.